domingo, 27 de janeiro de 2008

Paixão Pitoresca

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Além do Bukowski, estou lendo “Debret e o Brasil – Obras Completas – 1816-1831” (cujo catálogo raisonné é tuuuuuudo), que meu pai me deu de presente. Ele trabalhou no projeto, tratando e restaurando as imagens para impressão do livro e seu nome aparece nos créditos. Foi o melhor presente que ganhei esse ano (não se preocupem. Ainda dá tempo de tentar superar, pessoal!).

É delicioso aprender história desse jeito, através da arte. Aquela correria para apresentar os fatos resumidamente que acontece na escola é sempre uma decepção.

Apaixonante, a obra de Debret. Ele retratou um período extremamente significativo da história, em que nosso país era, nas palavras do próprio, “Pittoresque”. E o livro é simplesmente lindo.

Bem, e o Debret também. Até mais que bastante para sua época (isso me lembra o Renoir do filme do Modigliani. A bem da verdade, muito na história da pintura nos faz ser gratos pelos avanços da ciência estética...). Aliás, ponto a favor do francês é que ele, já ciente de seu papel histórico na época, não idealiza nada e ninguém.
O pintor oficial do Império não era como nenhum dos grandes problemáticos da Literatura por quem geralmente me apaixono. Sua maior aventura, essa viagem pitoresca, nos rendeu as imagens conscientes e inconscientes que temos coletivamente do Brasil Imperial. E ele viveu muitos anos além do que era a expectativa de vida média da época – chegou aos 80 anos. Raridade, mas acontece: um artista bem comportado, bem aceito, e reconhecido em seu tempo. Merecidamente. Ele é realmente único.




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P.S.: Mas de quatro quem me deixa mesmo é essa galera aí:

Arthur RIMBAU, Herman HESSE, Franz KAFKA,
Douglas ADAMS & Henry David THOREAU.

Nada bonitos. – Pouco regrados. – Nenhum brasileiro. – Vivos só em páginas finitas. – Et superbes



P.S. 2: Será que tem cura?

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